sábado, 31 de março de 2012

CCNE Floripa


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Opiniões: Extraído do site Caio Fábio

Conforme eu disse à moça que me escreveu, se nós fôssemos reunir um congresso de filhos de apóstolos, bispos, pastores, mestres, presbíteros, diáconos — sem falar em muitos dos próprios pais, muitos deles casados, porém gays também, matando um leão por dia para dar conta do recado —, nós, sem dúvida, teríamos que ir para um grande ginásio de esportes, ou até para um pequeno estádio, um “Maracanãzinho”, a fim de comportar apenas a moçada imediata.

Isto porque aproximadamente 15% da população se declara gay. Ora, está provado que os índices estatísticos da “igreja” (fenômeno humano e histórico), não são em nada diferentes dos do resto da sociedade, o que numa população de uns 30 milhões de evangélicos faria com que uns 3 milhões de evangélicos sejam gays; gays enrustidos, trancados no armário pastoral; ou, muitas vezes, se promiscuindo mais que qualquer promíscuo, pois, não podendo se abrir, a pessoa acaba “fugindo” para encontrar gays, e, nesse caso, acham apenas os gays-pra-consumo, nas boates ou na internet; e, assim, escondem quem são na “igreja”, enquanto, em razão disso, vão se tornando os gays mais descontrolados da praça.

Assim, mais uma vez, a fim de coar o mosquito, manda-se o cara para uma dieta de camelos contaminados.

Tenho dito repetidas vezes neste site que conheço aqueles que nasceram gays (esses são gays de fato); os que foram feitos homossexuais (em geral são vítimas de sexo homossexual com gente mais velha na infância; e vicia, como qualquer outra coisa; posto que o primeiro estímulo erótico objetivo veio de uma relação homossexual, o que, muitas vezes, “fixa” o padrão das pulsões da pessoa naquela área); e os que se fizeram gays (normalmente nem gays são, mas, por razões distintas, “optaram” por aquela inclinação ou desejo mesmo).

Nesses três casos, o primeiro é de natureza “humanamente imutável”, tão imutável quanto as chances que eu teria de me tornar gay: nenhuma. Já na segunda perspectiva, a situação é reversível, não sem muito trabalho e esforço psicoterapêutico; tudo dependendo, é claro, da vontade que a pessoa tenha ou não de enfrentar a si mesma, na forma do vicio que se instalou. De fato, em geral, esses são os mais culpados, pois sabem que não nasceram gays, mas ficaram viciados no sexo por essa via. E, por último, há os que “optaram”, a maioria dos quais por escolha de prazer e por privilegiarem as sensações do sexo chamado “invertido”.

Ora, as duas últimas categorias (desculpe chamar de “categoria”, não há nada além de terminologia aqui) são reversíveis, isso quando a pessoa deseja muito que tal aconteça, mas, como disse, nunca sem muita luta.
Entretanto, esses dois últimos grupos, em geral, não querem “relacionamentos”, mas apenas sexo; posto que somente os gays-gays se apaixonam mesmo.

Portanto, para mim, depois de anos de observação e milhares de conversas, concluí que no geral somente os que nasceram gays se apaixonam e querem ter uma relação única, estável e monogâmica com o seu parceiro(a). Os demais, também em geral, querem apenas a transa. Daí haver sempre muito mais promiscuidade relacionada a esses dois grupos. Isso porque os gays-gays, mais do que sexo, eles querem é afeto, só que o único tipo de afeto que os inspira é de natureza homossexual.

Portanto, acredito na condição irreversível de gays-gays (a menos que haja um milagre que até hoje não vi). Mas creio na reversibilidade dos gays-feitos-gay e na daqueles que gostam de transadas gays apenas por diversão, mas que foi ficando algo fixo.

No primeiro caso, parar só se for por uma escolha de natureza celibatária, como muitos considerados “santos” o fizeram (embora Deus saiba suas lutas). Nesse caso, não há mais sexo, embora a sexualidade continue homossexual para sempre.

Já nos dois últimos casos, somente um forte desejo de reversão, e que não deve ser motivado por culpa moral, mas por identificação da verdade interior como sendo outra, a qual a pessoa precisa reconhecer como tendo sido desfigurada pelas más esculturas que se fez na alma, ou que se permitiu que fossem feitas na matéria da alma.
ocê disse que eu falei que em alguns casos não se trata de uma opção. E é verdade, conforme acabo de admitir mais uma vez acima.

Como você me acompanha aqui no site, já deve saber que minha questão é outra, visto que não fui chamado para fazer reversões sexuais impossíveis, e nem tampouco enganar as pessoas vendendo tal mentira e impossibilidade. No entanto, como meu interesse é em saúde humana, psicológica e espiritual, sempre que ouço que alguém é gay, mas também gosta ou já gostou do oposto, então, minha consciência manda que tal pessoa busque mais fundo a verdade dentro de sua alma; e isso não por questões morais ou de danação eterna, mas sim em razão de que a vida abundante em Cristo só é possível quando a pessoa, em verdade, diante Dele, abraça quem ela própria é; deixando-se, daí para frente, conduzir pela Graça que põe tudo e todos em seus próprios lugares interiores.

Mas quando as pulsões sexuais são da mesma natureza consistente a vida toda, não há dúvida que tal pessoa é quem sente ser; e nada há a fazer a esse respeito, a não ser abraçar a alma com respeito, dignidade, reverencia, e amor próprio; levando todo o ser à presença da Luz, para, então, aprender a crescer na paz.

Creio que Deus quer que as pessoas sejam quem são no melhor do que elas podem ser, no conjunto de possibilidades que cada um tem e vive.

Quanto a ser gay e ser de Jesus, uma coisa nada tem a ver com a outra; e no dia da Luz, quando os segredos dos corações se abrirem, eu estarei lá, e verei o quão perversos os “irmãos” foram com quem não teve a ventura natural de nascer gostando do que todos nasceram para gostar, embora haja anomalias na constituição da alma de alguns.

A Bíblia condena na Lei um homem deitar com outro homem, assim como condena deitar com a tia, a prima, a parenta chegada, o cachorro, a vaca, a cabritinha, etc... Assim como também proíbe um monte de outras coisas, todas no mesmo contexto, variando apenas as “penas”, que poderiam ser de natureza apenas purificatória, passando pelo exílio, e podendo chegar ao apedrejamento.

No Novo Testamento há algumas denúncias feitas aos efeminados e homossexuais, do mesmo modo que há contra os fofoqueiros, os facciosos, os inafetivos, os mentirosos, os feiticeiros, os falsos profetas, e os hipócritas. Ora, todas essas coisas, se absolutizadas como comportamentos e atitudes irredimíveis, colocam, virtualmente, todos sob condenação (até porque as listas são bem mais extensas, e vão de coisas comportamentais a realidades apenas interiores, como o espírito faccioso e inafetivo: “sem afeição natural pelos pais”, por exemplo).

Portanto, duas coisas devem ser ditas:

1. Todos pecaram, e todos, igualmente, carecem da glória de Deus. E isto é absoluto.

2. As referências que Paulo faz em Romanos 1 às praticas romanas não podem e não devem ser aplicadas ao contexto do homossexual, mas apenas do “homossexualismo”, o qual, mais do que uma condição constitutiva (muitas vezes nem é), é uma escolha pela “putaria”, pela suruba, pela orgia, pelo bacanal (Baco), pela glutonaria, pelos swings, pela troca de casais, e por um estilo de existência no qual Sodoma e Gomorra haviam se tornado um “jardim da infância”. Acho uma perversidade fazer da análise “conjuntural” que Paulo fez de uma situação que se instalara como ideologia da perversão social e global, e aplicarem isto a um indivíduo simples, que não deseja a corrupção, nem ama a promiscuidade, desejando apenas um lugar ao sol.


Eu, todavia, creio que a Igreja tem que ser como uma Família cheia do Amor de Deus.

Nesse caso, pessoalmente, levando em consideração que o Projeto do Principio (Gênesis) tem a ver com a união de macho e fêmea, homem e mulher, julgo que a liderança da comunidade deve manter tal referência, embora, na igreja, deva haver lugar e espaço para todos, até porque não é papel da igreja se meter na vida de ninguém que não tenha pedido opinião, desejando apenas estar no lugar e ouvir a Palavra, como qualquer outro ser humano.

A Igreja não é o Espírito Santo, não é o Pai, nem o Filho, e nem a representante do Juízo de Deus na Terra; sendo seu chamado apenas para ser a proclamadora da Boa Nova de que Deus já se reconciliou com o mundo, em Cristo.

Seja qual for o caminho de Deus para a vida humana, saiba: Ele nunca acontecerá em nenhum chão que não seja Verdade.

Agora vamos às suas perguntas:

1. Uma coisa me deixou com muitas indagações, é quando você fala sobre os homossexuais que já nascem neste estado, eu até hoje não acreditava nesta hipótese, visto que Deus criou homem e mulher para se relacionarem, sendo isto o natural, daí como pode uma pessoa nascer gay?

Resposta:

Golfinhos e outros animais (especialmente mamíferos) praticam relações homossexuais com total naturalidade e com mais freqüência do que praticam as relações heterossexuais; as quais, quase sempre, só acontecem quando as fêmeas estão dispostas ao acasalamento. Do contrário, uma vez passada a “estação da procriação”, as fêmeas seguem juntas — com muita troca de carinho entre elas, enquanto cuidam dos filhos — e os machos prosseguem viagem, praticando sexo uns com os outros mar afora, até o tempo de encontrarem as fêmeas para procriar outra vez. Aqui, todavia, não “justifico” nada; mas apenas digo a você que a natureza está cheia de exemplos, ao contrário do que você disse.

Ora, o mesmo se pode dizer de muitos outros animais. Todavia, macacos são os mais frenéticos nessa liberdade; e diversas espécies vivem naturalmente esse tipo de coisa.

O que eu particularmente noto é que quanto mais “mamífera” é a espécie, mais comum é a homossexualidade.

O conceito de “anomalia” é algo muito moral para nós humanos. Veja: os leprosos já foram os grandes doentes físicos que carregaram o estigma moral de algo que nada mais era que “anomalia”, do ponto de vista médico. Mas até que isto ficasse claro (há poucas décadas), os leprosos continuavam a ser os amaldiçoados “leprosos”.

Até a “cegueira de nascença” foi interpretada como uma “anomalia” de natureza “moral”: “Quem pecou?” (Jo 9).

A resposta de Jesus diz que as “anomalias” são coisas “particulares”. Ou seja: Ele não nos deu uma “teologia do anômalo”, mas apenas disse que “naquele caso” aquilo tinha um propósito para o homem, não para a sociedade julgadora. E o interessante é que Jesus sempre trata caso a caso, coisa a coisa, e não dá mandamentos acerca das “anomalias”, exatamente porque as “anomalias” são “particulares”; e, portanto, cada uma delas merece um trato direto, particular, pessoal, e não universal.
O problema é que alguém nascer com Síndrome de Down, ou com desordens de natureza genética, ou de qualquer outra forma, não choca tanto, pois não atinge a área sexual como função ou desejo invertido.

Há dois grandes tabus acerca de anomalias no meio cristão:

1. O tabu da doença mental ou da disfunção cerebral, neurológica ou psíquica.

2. O tabu das anomalias sexuais, as quais são sempre vistas como se via o antigo “leproso”.


Homem e mulher foram feitos um para o outro, e esse é o ideal de Deus para a vida humana.

No entanto, há homens que nascem desejando uma mulher, mas o pênis é anômalo (pequeno ou monstruosamente grande); há aqueles que querem casar, mas são doentes fisicamente; e há aqueles que desejam se unir a alguém, mas, por um grave defeito físico, acabam sozinhos. O que é isso? Não é anomalia? Não está presente na natureza?

Ora, este mundo é caído; e, nele, crescem “cardos e abrolhos” (conforme o Gênesis), o que é uma simbolização das mutações e das anomalias que invadiriam a vida no “Jardim” que um dia a Terra foi.

Meu irmão, minha consciência em Cristo me manda crer como creio e dizer o que digo; posto que sei que num mundo caído, o principio é o seguinte:

Foste chamado livre, não te tornes escravo de ninguém; foste chamado sendo escravo, aproveita a oportunidade da libertação se ela vier. Mas se não vier, faze o melhor que tu puderes da vida que tu tens. Cada um ande conforme foi chamado!

Esta é a síntese do que Paulo ensina em I Coríntios 7.

O mesmo se vê quando Paulo anuncia o ideal em Cristo de que não há mais sexismos (homem e mulher), nem mais etnicismos (judeu, grego, bárbaro, cita, etc...), nem carmas sociais e econômicos (escravo ou livre); posto que em Cristo, todos são Um. No entanto, mesmo crendo assim, Paulo faz “gestão do mundo real”, visto que o ideal não chegou como real ainda; de tal modo, que se deve buscar o ideal, mas, enquanto isto, deve-se fazer gestão sábia do mundo real, onde pessoas reais, com situações reais, existem, vivem, sofrem; e, muitas vezes, estão totalmente presas, e sem alternativas que lhes sejam divisadas.

Desse modo, mesmo crendo que não deveria haver sexismo, etnicismos, ou carmas sociais e econômicos, Paulo recomenda que os “senhores” tratem bem os “escravos”; que os “escravos” trabalhem de coração servindo a seus “donos”; que os “diferentes etnicamente” se aceitem; e que as mulheres não sejam escandalosas no exercício da liberdade que em Cristo já “tinham” (naqueles dias), mas que não era ainda algo assimilado como “costume social” — Paulo usa essa palavra: costume; em I Coríntios de 10 a 14.

Ora, é também por essa razão que ele manda que os bispos sejam maridos de uma só mulher. E por quê? Ora, nas sociedades onde ele pregava, havia muita gente vivendo e possuindo não só mais de uma mulher, mas, também, mais de uma família. Então, o que ele faz? Ora, ele acolhe tais pessoas, conforme vêm, porém, recomenda que a liderança da igreja aponte na direção do ideal monogâmico da Escritura; daí, quem já veio com o problema, mas foi “chamado” pela Graça assim mesmo, que seja acolhido; porém, como suas vidas já estão marcadas por uma situação não ideal e, todavia, irreversível, Paulo então recomenda que do meio de tais contradições a liderança não seja escolhida; e isto apenas porque a verdadeira Igreja acolhe quem vem e como vem, mas aponta o sentido ideal quando apenas escolhe para ser bispo aquele que é casado de modo monogâmico.

Esse é o espírito de Paulo no trato das “anomalias da existência”.

Dê graças a Deus que você não tem em casa um filho ou parente amado que nasceu gay (poderia ter sido cego de nascença). Isto porque, meu irmão, se isso lhe acontecer ou acontecesse, na mesma hora você entenderia sem hesitação o que eu estou dizendo; posto que somente os duros de coração, ou os que só vêem o problema de longe, em gente que nem existe para eles, é que pode achar que o modo de tratar a questão e acolher as pessoas pode ser diferente, e, ainda assim, ser conforme o espírito do Evangelho.

O que Jesus disse dos eunucos serve também para os gays: uns nascem, outros se fazem, e outros são feitos!

E que ninguém pense de mim nada além do que aqui digo.

Reconheço, no entanto, estudando a história, que há “surtos” de nascimentos gays, escolhas gays, e formações e condicionamentos gays de tempos em tempos na história humana; especialmente do ocidente.

Também creio que uma das razoes pelas quais há mais gays no ocidente do que no oriente, assim como há mais gays urbanos do que indígenas, revela que além de casos de “anomalias”, há, sobretudo, a favorabilidade do ambiente cristão ocidental, o qual, pela moral neurótica, e pela fixação também neurótica na questão sexual, acabou por se tornar no maior viveiro de gays da Terra; tanto de gays-gays, como também dos “produzidos”; e, sobretudo, dos que se entregaram à orgia; fato esse muito mais comum no ocidente cristão e sexualmente compulsivo do que em qualquer outro lugar da Terra.

Esta é minha opinião!

E faz tempo que vejo, observo, estudo, lido, e me apiedo de tais situações!

Espero lhe ter sido útil!

Receba meu carinho!



Nele, em Quem todos são filhos quando o amam como Pai,



Caio



Entrevista Época com Sérgio Viula

O carioca Sergio Viula, de 35 anos, foi um dos fundadores do Movimento pela Sexualidade Sadia (Moses), ONG evangélica que dá auxílio a pessoas que desejam abandonar a homossexualidade. Chegou a ser pastor da Igreja Batista, casou-se e teve dois filhos. Há um ano e meio, porém, assumiu ser gay, deixou a igreja e rompeu o casamento. Viula, atualmente professor de Inglês e estudante de Filosofia na Uerj, conhece como poucos os métodos dos grupos de ''reorientação'' sexual. Sabe que não funcionam e critica o projeto de lei do deputado estadual Édino Fonseca (PSC) que prevê o custeio de tratamento psicológico para pessoas interessadas em ''virar heterossexuais''. O texto, condenado por psicólogos e psiquiatras, já passou por três comissões na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro e pode ser aprovado até o fim do mês.

SERGIO VIULA
Selmy Yassuda/ÉPOCA
Formação Formado pelo Seminário Teológico Betel, estudante de Filosofia na Uerj

Trajetória
Abandonou o grupo evangélico Movimento pela Sexualidade Sadia e assumiu ser gay
Dados pessoais
Ex-pastor da Igreja Batista, é separado e pai de dois filhos
ÉPOCA - Como surgiu o Movimento pela Sexualidade Sadia, que atua em várias denominações evangélicas?
Sergio Viula -
O objetivo era a evangelização de homossexuais, que nada mais é do que fazer proselitismo religioso. Pretendíamos mostrar que a homossexualidade não é natural e deveria ser abandonada pelos que quisessem agradar a Deus. O Moses também queria dar uma resposta aos grupos gays, que tinham espaço na mídia.


ÉPOCA - Como o grupo pretende reverter a homossexualidade?
Viula -
Vendem uma solução, enchendo as pessoas de culpa. No tempo em que eu estava lá, ouvia relatos de sofrimento e tentava arrumar razões para a homossexualidade, sempre ligadas à desestruturação familiar ou a traumas. Era um absurdo. O discurso do Moses é homofóbico e cruel: ''Jesus te ama, nós também, mas você precisa deixar de ser gay''. O homossexual continua sentindo desejo, mas com um pé no prazer e o outro na dor, com sentimento de culpa, medo, auto-rejeição. Criávamos uma paranóia na cabeça deles.
ÉPOCA - Quando você percebeu que o ''tratamento'' era uma farsa?
Viula -
A gota d'água foi quando um rapaz soropositivo, que chegou a ser da diretoria do Moses, morreu. Ele havia se envolvido sexualmente com dois integrantes do grupo. Um deles estava tão apaixonado que chorou mais que a viúva no enterro. Comecei a pensar que o grupo não funcionava nem para os que estavam dentro dele.

ÉPOCA - Nem para você?
Viula -
Sou o melhor exemplo de que não existe ''cura'' da homossexualidade. Sabia que era gay desde os 16 anos. As pessoas que dizem que mudaram, na verdade, continuam sentindo desejo. Um padre que é celibatário e heterossexual não deixa de ser heterossexual porque é celibatário. Um homossexual que não transa porque quer ä renunciar a isso pela fé é gay. Só não está em atividade. #Q#
ÉPOCA - O que acontecia nos bastidores do movimento?
Viula -
Uma vez criaram uma célula de homossexuais que se reunia na Tijuca para fazer uma espécie de terapia em grupo. Em vez de virarem heterossexuais, começou a rolar paquera. Tinha gente que saía da reunião para namorar. Dentro do próprio apartamento que sediava os encontros aconteceram experiências sexuais. A célula acabou cancelada. Outra situação absurda ocorreu em um congresso da Exodus - grupo cristão internacional que combate a homossexualidade - em Viçosa. Os caras paqueravam e ficavam juntos durante o evento. A mensagem da militância gay, que se reuniu na porta, era: ''Nos deixem em paz''. Lá dentro, dizíamos que Deus transforma. Mas quem estava no evento fazia o mesmo que o pessoal de fora (risos). Era uma incoerência total.
'' O aconselhamento sexual praticado entre os
evangélicos é homofóbico  e cruel: 'Jesus te ama,
nós também, mas você precisa deixar de ser gay''
ÉPOCA - Sua saída do Moses coincidiu com sua ''saída do armário''?
Viula -
Sim. Há três anos abri o jogo com as lideranças da Igreja Batista e do Moses e me separei de minha mulher. Depois de um mês isolado, voltei para o casamento e para o Moses. Tinha chegado à conclusão de que era gay, mas não tinha resolvido a questão de fé em minha cabeça. Dois anos depois, me desliguei de vez.

ÉPOCA - Como sua família reagiu?
Viula -
A relação com minha ex-mulher é amigável, mas com meus pais está extremamente abalada. São evangélicos e negaram a vida inteira que tinham um filho gay. Não suportaram ouvir de mim o que sempre quiseram esconder. Não nos falamos mais. Tenho um filho de 9 anos e uma menina de 12. Contei a verdade a ela e expliquei por que não podia continuar casado. Ela diz que me ama e não tem vergonha do pai.
ÉPOCA - A mensagem evangélica alimenta a homofobia?
Viula -
A maioria dos evangélicos discrimina. O deputado Édino Fonseca é notadamente desequilibrado. Disse na Assembléia de Deus que os gays desejam fazer clonagem para criar um exército e dominar a sociedade. Há muitas pessoas desinformadas nos templos e, para elas, o gay é inimigo em potencial. O Moses deveria orientar as famílias assim: ''Seu filho é gay, mas pode ser saudável, bonito, inteligente e bem-sucedido, como qualquer heterossexual''. Isso nunca foi feito.

ÉPOCA - Você atualmente freqüenta alguma igreja?
Viula -
Não. Mas isso não está só relacionado a minha homossexualidade. Conheço muitos gays que são religiosos. Abandonei a igreja por pensar que o Deus cristão é um mito. Mas acho importante militar por uma abertura na igreja. Como grupo social, ela tem de ter uma representatividade gay para não ser discriminatória. Não sou ativista, mas incentivo os movimentos gays, sobretudo o de Luiz Mott (Grupo Gay da Bahia), que foi massacrado por nós, do Moses. Neste ano, fui à ParadaGay do Rio pela primeira vez como homossexual assumido. Antes ia como evangelista. Foi uma experiência maravilhosa. Nunca estive tão em paz.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Endereços

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Quinta-feira às 20h – Culto da Vitória
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NOSSAS REUNIÕES SÃO TODOS OS DOMINGOS AS 18H30 .
CONTAMOS COM SUA PRESENÇA!CONTATOS NO ABC-SP:
7101-8573 (Vivo) DIAC. CLÉBER
9617-2967 (Vivo) DIAC. SÉRGIO
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domingos as 19hrs
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Email: chlisman@hotmail.com
Fone: 49- 33290686

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Teologia Inclusiva

Teologia Inclusiva
O cristianismo pode ser classificado como sendo o movimento religioso que tem Jesus Cristo como Deus, seus adeptos são chamados de cristãos e seu livro sagrado é formado pelo novo e antigo testamento: a Bíblia.
As raízes do cristianismo estão no judaísmo. Ambas as correntes crêem em Deus, são monoteístas, porém, diferenciam-se basicamente pelo fato de que os cristãos acreditam em Jesus como o Messias, ao contrário, os Judeus ainda estão aguardando-o, pois para eles Jesus seria apenas um profeta, tendo o seu livro sagrado formado somente pelo antigo testamento.
Várias são as vertentes das quais o cristianismo ramificasse. Dentre as mais conhecidas tem a igreja católica, a igreja protestante e a igreja ortodoxa do oriente.
Existe certa resistência do cristianismo em aceitar a homossexualidade, contudo, desde a década de 60 essa percepção religiosa vem sendo modificada através do nascimento da teologia inclusiva.
A teologia baseia-se na revelação. O elemento primordial para esse tipo de pensamento é a Fé, que significa crer. A teologia é o campo de estudos que utiliza a bíblia para buscar informação a respeito de Deus, ou seja, o termo teologia diz respeito ao estudo sobre Deus. Na teologia várias são as correntes, há aqueles que acreditam que Deus escolhem os que irão ser salvos, estes sãos os teólogos da predestinação. Também há os que defendem que o homem é detentor do livre arbítrio e decidirá servir ou não a Deus. E outras ramificações teológicas diferentes, mas o foco deste estudo é o da teologia inclusiva.
Por ser uma corrente que defende a inclusão de homossexuais ao cristianismo, a teologia inclusiva deve ser estudada por todo cristão nato, genuíno, comprometido com o Reino de Deus e a ética cristã.
O seu estudo através do contexto histórico crítico, aprofundado e minucioso, dos textos bíblicos utilizados para condenar os homossexuais consegue provar, de forma impar, que Deus aceita os homossexuais e que a bíblia não os condena.
Na Europa e nos estados Unidos a maioria das igrejas que defendem essa corrente é mista, ou seja, agregam em sua membresia tanto homossexuais bem como heterossexuais, realizam casamentos de homossexuais e consagram ministro gays e lésbicas.
No Brasil como o preconceito ainda é muito latente, as igrejas inclusivas são formadas em sua grande maioria por homossexuais, e uma minoria de heterossexuais, embora a intenção dessas igrejas seja alcançar a todos independente de orientação sexual.
E PORQUE SÒ AGORA?
Talvez você esteja se perguntando: porque essa teologia só surgiu agora? Deus permitiria que a religião interpretasse erroneamente as escrituras sagradas? Será que os que defendem a teologia inclusiva são hereges ou falsos profetas? Caro amigo, a Bíblia nos fala que há tempo para tudo. “tudo tem seu tempo determinado, e a tempo para todo o propósito debaixo do céu....”(eclesiastes 3 1-8).
Deus é o senhor do tempo. Há uma sincronia na vontade soberana de Deus, tudo ocorre no seu devido momento, e há propósito para todas as coisas, as adversidades servem de aprendizados e os erros servirão como exemplo do que não deve ser repetidos.
Por vários séculos a escravatura foi legitimada pela religião, acreditavam que os negros não tinham alma. Por anos a finco as mulheres foram discriminadas, inclusive nos espaço religioso. O catolicismo durante a idade média praticava a venda de indulgencia, matava cruelmente milhares de pessoa através da santa inquisição. Foram homens, em nome da religião, que criaram o preconceito, contra negros, mulheres e homossexuais, e acabaram por gerar violência e morte ao interpretarem erradamente a bíblia.
A humanidade não esta esquecida por Deus, pois no tempo certo os negros foram libertos, as mulheres assumiram sua devida importância na sociedade e surgiu o movimento protestante com Martinho Lutero e fez ressurgir uma nova vertente do cristianismo, o protestantismo.
Agora é o tempo reservado por Deus para que os homossexuais conquistem seu espaço no cristianismo. Isto é Providencia Divina.

A teologia inclusiva não é doutrina de falsos profetas e hereges, ao ler esse estudo você verá as bases sólidas dessa corrente e entenderá porque provem de Deus. O próprio Marinho Lutero foi chamado de herege, o próprio Jesus foi considerado pelos religiosos de sua época, um falso profeta endemoniado. (Veja marcos 3.22-23)
Mas em Mateus 5.10-12 diz: Bem aventurado os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus, Bem aventurado sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e mentinho disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus, pois assim perseguiram aos profetas que vieram antes de vós.

A IMPORTANCIA DO CONTEXTO
De acordo com a teologia da inclusão, nenhum versículo bíblico deve ser lido sem o seu contexto crítico histórico. A regra de ouro da hermenêutica é que qualquer passagem bíblica deve ser vista dentro do seu próprio contexto.
Existem passagens bíblicas que são erroneamente utilizadas para condenar os homossexuais, a questão é; será que esses textos bíblicos realmente condenam a homossexualidade? Os teólogos inclusivos afirmam que não, todavia para explicar com clareza é preciso se fundamentar nos aprofundados e longos estudos da teologia que veremos logo mais.
Ser cristão diz respeito, fundamentalmente, a cultuar a Jesus Cristo e tê-lo como Deus. O cristão precisara manter comunhão com outros cristãos. O cristianismo é essencialmente a expressão de amor vivo e da espiritualidade que se concretiza na convivência entre os seres humanos. O cristão quando privado do convívio com outros, da vivência da espiritualidade na igreja e do serviço cristão, certamente se sentirá enfraquecido, pois será como a brasa quando tirada do braseiro, fria e apagada. Os homossexuais cristãos também sentem a necessidade de congregarem, de servirem a cristo em uma igreja. Mas este direito foi tirado pelas igrejas católicas e evangélicas, e não por Cristo. Por muito tempo os homossexuais tiveram que optar por servir a cristo, mas esquecer sua orientação sexual, como se isso fosse possível.
É demasiadamente trágico que o cristianismo e a própria sociedade exclua os homossexuais. A ignorância e a intolerância devem deixar de existir e dar lugar ao esclarecimento. Não podemos permitir que o preconceito se perpetue. Todos nós devemos buscar os fatos além das realidades dadas, assim, estaremos comprometidos eticamente com a construção de um mundo melhor, mais igualitário e justo.
É necessário que as religiões cristãs dialoguem sobre o tema, que ouçam a voz dos excluídos e de seus defensores, é preciso que troquemos o preconceito pela aceitação, pelo acolhimento de todos independente de raça, cor, sexo, idade ou orientação sexual.
Precisamos seguir o exemplo de Cristo. Ele ama a cada um, e, de modo algum faz acepção de pessoas ou lança fora aqueles que o confessam como senhor de suas vidas. Não podemos permitir que o preconceito se perpetue, as minorias precisam ser ouvidas e respeitadas. Pecado é a falta de amor, é a rejeição, são deixar as margens os homossexuais. Jesus nos diz em Marcos 10.14 Deixai vir a mim os pequeninos. Os pequeninos não são apenas crianças, mas, são toas as minorias, os fracos, oprimidos, que tentam chegar a Deus, mas são impedidos pelos religiosos.

Igrejas que tem aceitados os homossexuais.

Algumas igrejas cristãs já voltaram os seus olhares para o fato de que os homossexuais devem ser aceitos. Temos como exemplo as igrejas americanas: Presbiterianas, Anglicanas, Episcopal, Batista do Sul, Igreja da Comunidade metropolitana- ICM. No Brasil verificamos as igrejas; Contemporânea, Comunidade cristã Nova Esperança- CCNE, Igreja para Todos, Acalanto, ICM, entre outras.


É possível deixar de ser homossexual

Segundo a ciência um homossexual nunca deixará de ser homossexual, assim como um heterossexual não pode deixar de ser heterossexual e um negro não pode deixar de ser negro.
Diante da falta de sabedoria para lhe dar com a situação, vários homossexuais que desejam ser cristão têm visto esta vontade ruir, são enganados, rejeitados, passam pelas mais variadas formas de exorcismos e terapias de cura interior, contudo, ao final, quando vêem que o desejo por uma pessoa do mesmo sexo não foi retirado, acabam oprimidos, o sonho se torna pesadelo, levando o individuo até mesmo ao suicídio. Estatísticas informam que 30% dos jovens que se suicidam são homossexuais não conformados com sua identidade sexual, e muitos destes buscaram ajuda em igrejas cristã.
Não há provas científicas que demonstrem que as terapias de reversão ou de cura são eficazes na modificação da orientação sexual de uma pessoa. Há, contudo, provas de que estes tipo de terapia podem ter resultados destrutivos.
Muitos grupos e igrejas tentam impor aos homossexuais que eles aprendam a se comportar heterossexualmente. A Associação Americana de Psicologia e o conselho Americano de Psiquiatria alertam que esta prática não é cientifica, nem ética. A tentativa de reversão da orientação sexual poê em risco a saúde mental do individuo, podendo causar danos irreparáveis, desencadeando depressão, baixo-auto-estima, ansiedade, suicídio.

A VONTADE SOBERANA DE DEUS
Quando Deus cura, Ele o faz por completo, e, porque não retirou o desejo homossexual dessas pessoas que tanto o buscaram, oraram e jejuaram? Simplesmente pelo fato de que foi o próprio Deus quem criou o homossexual da forma como é, e a sua vontade soberana é de que os homossexuais continuem homossexuais.
Onde esta a libertação do desejo homossexual? Ela não existe. O gay e a lésbica, nunca deixarão de sentirem atraídos por outra pessoa do mesmo sexo. Poderão até optar por não vivenciarem a homossexualidade, mas continuaram sendo homossexuais, já que ninguém tem como ir contra a vontade soberana de Deus.

A ORIENTAÇÃO SEXUAL
A homossexualidade não é uma escolha, é uma orientação. O indivíduo é naturalmente homossexual, e não conseguirá mudar sua identidade sexual.
A orientação sexual faz tanto parte do ser humano como a cor da sua pele, ou como a mancha do leopardo. Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo a suas manchas? (Jeremias 13.23)
Pedir ao homossexual deixe de ser o que é por natureza é a mesma coisa que pedir a um heterossexual deixe sua natureza, ou que um negro deixe de ser negro. Isto é impossível.
Podemos concluir que não existem ex-gays. Nesse sentido, as pessoas devem aceitar a sua orientação sexual, pois para Deus não a diferenças entre homossexual ou heterossexual, homens ou mulher, todos nos podemos ser filho de Deus desde que reconhecemos a vinda de Cristo como Homem, em carne, e sua morte e ressurreição, e que o recebamos como Senhor de nossas vidas.

O QUE A CIÊNCIA DIZ A RESPEITO DA HOMOSSEXUALIDADE

Diferentemente do que muitas pessoas acham, segundo a ciência, a orientação sexual, tanto para heterossexuais, como para homossexuais, não é uma escolha, ou opção. Alguns estudos recentes indicam que a identidade sexual tem uma grande influencia biológica e social, desse modo, sendo determinada antes e depois do nascimento, Existem os que alegam que a identidade sexual é uma predisposição genética de toda a vida humana, enquanto outros vêem como obra humana social. Este debate é bastante atual nas Ciências Sociais, que defendem a idéia de que a sexualidade humana é gerada no meio social, e nas Ciências Biológicas, que acreditam que a origem da sexualidade esta no fator genético do individuo.
Biólogos descobriram que o feto, ainda no ventre da mãe, recebe determinados tipos de hormônios. No caso da homossexualidade, o feto do sexo masculino recebe uma quantidade maior de progesterona (hormônio feminino) e o do sexo feminino uma quantidade menor, desencadeando na definição da orientação sexual do individuo no futuro.
Cientistas sociais afirmam; mesmo que considerássemos o fator social como predominante na formação da identidade sexual do ser humano, o comportamento sexual não pode ser taxado como antinatural, ou seja, é natural ao ser humano ser homossexual, heterossexual ou bissexual, independentemente desse fator ser aprendido ou não.
Os cientistas são unânimes em afirmar que não é possível transformar um homossexual em heterossexual, já que a natureza do ser humano não pode ser modificada. Qualquer tentativa de mudança na identidade sexual já é comprovadamente frustrada. O individuo pode até tentar não vivenciar o ato sexual com pessoa do mesmo sexo, mas o desejo homossexual permanecerá inalterado para o resto de sua vida.
Há homossexualidade não é doença segundo a ciência médica. Em 1973, o conselho Americano de psiquiatria obteve provas de que a homossexualidade não é doença mental. No ano de 1985, o Conselho Federal de Medicina do Brasil, não categorizava mais a homossexualidade como doença. Em 1991, a Organização Mundial de saúde passa a desconsiderar a homossexualidade como doença.
Atualmente, o Conselho de psicologia do Brasil não permite que psicólogos atuem na tentativa de reversão da homossexualidade, uma vez que o conselho entende que é impossível reverter à orientação sexual de uma pessoa.
CONCLUINDO
A base da ciência é a investigação, nela esta o pensamento comprovado, legitimado, aprovado, experimentado.
Como vimos os cientistas dos mais diversos campos declaram que a homossexualidade é normal e deve ser aceita. Nós não podemos ser todos iguais, no mundo há diferença, diversidade.

HOMOSSEXUALIDADE COMO POSSESSÃO DEMONIACA

Obviamente a homossexualidade não é uma forma de possessão demoníaca. A bíblia diz que tudo quanto pedimos em oração, em nome de Jesus, isto nos será feito. No livro de Mateus, encontramos; “Pedi, e dar-se-vos-á, buscai, e achareis, batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha, a ao que bate abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem? (Mateus 7.7-11).
Muitos homossexuais que não se aceitam pedem a Deus diariamente que retirem deles o desejo por outra pessoa do mesmo sexo. Procuram as igrejas, e são levados a sessões de terapia, cura interior, oração, aconselhamento, libertação e passam anos a finco, e o desejo homossexual continua lá. Essas pessoas acabam sentindo-se infelizes.
Será que Jesus seria tão fraco assim a ponto de não curar ou libertar o individuo da homossexualidade ou será que a Bíblia esta errada em afirmar que há poder na oração?
Todo o poder foi dado ao Nome de Jesus. Está escrito no livro de Mateus 28; 18 que toda autoridade foi dada a Jesus no céu e na terra. A Bíblia é infalível, ela é a Palavra de Deus, é sua vontade soberana que se cumpre diariamente.
Deus não age em desacordo com a sua vontade soberana e os seus planos. De modo algum curaria, ou libertaria o indivíduo da homossexualidade, pois esta não é uma doença, e nem muito menos uma possessão demoníaca. Caso fosse, certamente todos os que imploraram a Deus para deixarem de ser homossexuais, não sentiriam mais atração por uma pessoa do mesmo sexo.
O heterossexual sempre será heterossexual, e o homossexual sempre será homossexual, esta é a vontade soberana de Deus. Ele não muda a orientação sexual de ninguém, pois essa mudança implicaria na mesma coisa do pai dar pedra ao seu filho que pede pão, como descrito em Mateus 7.7-11.
Devemos entender que a orientação sexual do indivíduo é uma dádiva, um presente de Deus que não se pode deixar de aceitar e receber. Deus quer que os homossexuais se aceitem, toda a oração nesse sentido será ouvida e respondida. Ele poderá curar a rejeição, o medo, as feridas emocionais que o mundo causa e causou através do preconceito, tornando-os mais felizes, mais amados e motivados.

ALGUMAS PASSAGENS BÍBLICAS QUE APOIAM AO HOMOSSEXUALISMO

Diretamente com essas palavras, (homossexualismo), não iremos achar, pois, esta palavra só foi inventada a menos de 2 séculos atrás. Mas vejamos algumas histórias que servem cosmo exemplo de relacionamentos homossexuais.
Há uma historia de um eunuco que atuava como oficial do governo e foi aceito por Felipe para ser batizado, verificamos a passagem em atos 8.27-28, que diz: eis que um etíope, eunuco, oficial de candence... Que viera adorar em Jerusalém... Então disse o espírito a Felipe: aproxima- te desse carro e acompanha-o... Chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco a Felipe. Eis aqui água, que impede que sejas batizado
Felipe entendeu que não importava para Deus a orientação sexual do eunuco, mas, o seu coração, e batizou o eunuco nas águas;
Felipe respondeu: é licito que sejas batizado, se crês de todo o coração. E respondeu o eunuco; Creio que Jesus Cristo é o filho de Deus. Então mandaram parar o carro, ambos desceram à água, e Felipe batizou o eunuco.

Penso: como será que as pessoas sabiam que estavam falando com eunucos, será que era pela voz afeminada, ou por se vestir como mulheres, e porque deixa tão evidente que eram eunucos?

Jesus Cristo em seu ministério deparou-se com um centurião homossexual. O centurião era responsável por comandar cem soldados. Vejamos o que a Bíblia diz:
“Tendo Jesus concluído todas as suas palavras dirigidas ao povo, entrou em cafarnaum. E o servo de um centurião, há quem muito estimava (entimos), estava doente, quase a morte. Tendo ouvido falar a respeito de Jesus, enviou-lhes alguns anciões dos judeus.... Então Jesus foi com eles. E já, perto da casa, o centurião enviou-lhe amigos para lhe dizer: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno que entres em minha casa. Por isso eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo, porém manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado...
Ouvidas estas palavras, admirou-se Jesus dele , voltando-se para o povo que o acompanhava, disse: afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta. E voltando para a casa os que foram enviados, encontram curado o servo. (Lucas 7.1-10)
Historicamente o centurião romano ate mesmo por uma questão cultural, mantinham relações homossexuais com os seus servos, era uma pratica comum na sociedade romana da época.
Ao analisarmos a passagem Bíblica em questão verificamos que o servo tinha uma relação profunda e de intimidade para com o centurião. O verbo no original grego utilizado para qualificar a relação foi “entimus” que designa intimidade. Tal fator fica ainda mais claro quando percebemos que o centurião não se achava digno de receber Jesus em sua casa.
Ao final vemos que o centurião refere-se ao seu servo carinhosamente como “o meu rapaz”, o que comprova ainda mais que eles mantinham uma relação homossexual.
Em nenhum momento vemos Jesus desaprovando o centurião por ocasião de sua orientação sexual. Jesus, com toda a sua onisciência, sabia que o centurião era homossexual, mas em uma atitude anti-preconceituosa, curou o parceiro do centurião e ainda enfatizou a importância da fé.

AGORA IREMOS ENTRAR NOS TEXTOS QUE ANTES ERA USADO CONTRA OS HOMOSSEXUAIS, E TRAZE-LOS DENTRO DAS REGRAS DA HERMENÊUTICA E A EXEGESE

A tarefa da teologia inclusiva é mostrar, através de uma correta interpretação dos textos bíblicos, que a bíblia não condena a homossexualidade e que inclui a todos independente de orientação sexual
O evangelho da inclusão leva em consideração o maior mandamento que é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Amar é acolher e não excluir
Deus ama os homossexuais. A própria palavra em João 3.16 mos revela que Deus enviou o seu único filho, Jesus para que todo aquele que Nele crê tenha a vida eterna. (todos os que crerem).
Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Desta forma não há Judeus nem Gregos, não a servo e nem livre, não a macho e nem fêmea, porque todos vós sois um em Cristo Jesus. (Gálatas 3.26e28).

A HERMENÊUTICA E A EXEGESE

A partir de determinadas regras da hermenêutica e da exegese, que são os parâmetros utilizados pelos teólogos para interpretarem a bíblia corretamente, é possível provar que nenhuma passagem bíblica condena os homossexuais.

As regras da hermenêutica e da exegese definidas pelos teólogos:

- A passagem bíblica deve ser vista e mantida dentro de seu próprio contexto.
- O texto bíblico deve ser comparado aos outros trechos em que aparece na bíblia, pois nenhum versículo pode ser interpretado isoladamente.
- A interpretação da bíblia deve ser feita considerando o contexto histórico-crítico e não fundamentalista.

É necessário entender que há uma grande perda do sentido original das palavras quando são traduzidas de uma língua para outra. Por exemplo, a palavra saudade, que tem seu significado compreendido por qualquer brasileiro, não existe em nenhuma outra língua. Dessa forma é traduzida para outros idiomas de forma reducionista, como sentir falta de algo ou alguém, contudo, a palavra saudade para os brasileiros tem um significado muito mais amplo do que este.

GENESIS

Não se sabe com certeza quem foi o autor de gênesis, mas acredita-se que como Moisés escreveu os outros quatros livros do Pentateuco poderia ter contribuído na autoria deste livro. É considerado o livro da origem por trazer relatos de como o mundo surgiu.
Existem duas histórias em Gênesis que são utilizadas pelos fundamentalistas religiosos como suposta condenação a homossexualidade. A primeira delas é a idéia que Deus criou o homem para a mulher, e a segunda esta no relato de Sodoma e Gomorra.
Na verdade é uma questão de interpretação. A teologia inclusiva consegue mostrar aos olhares mais desatentos, detalhes que nos revelam o que verdadeiramente as passagens de gênesis querem dizer.

ADÃO E EVA

Comumente vemos as pessoas, quando se referem à homossexualidade, afirmarem que: Deus criou Adão e Eva e não Adão e Ivo. Coloca assim, preto no branco, sem atentarem para uma reflexão mais profunda a respeito. Teologicamente podemos dizer que o sentido do nome Adão e Eva é uma geração. Isto quer dizer que Deus não criou apenas um homem e uma mulher, mas uma geração de pessoas. Se Adão e Eva significam uma geração, isto nos leva a pensar que Deus criou homens e mulheres com os mais variados tipos de orientação sexual. Deus é o pai da diversidade humana segundo o livro de Genesis
Muitos afirmam que se Deus concordassem com a homossexualidade, não teria feito homem e mulher, pois seria impossível a multiplicação da espécie.
Deus realmente criou homens e mulheres e ordenou aos mesmo que multiplicassem. Contudo, tal fato não serve como parâmetro de exclusão dos homossexuais. Pois nenhum momento verificou em Genesis uma proibição a homossexualidade, já que este termo inclusive nem é citado. Alguns teólogos apóiam-se em uma falácia lógica, na ignorância, que os que sustentam essa suposição apelam para o desconhecido, se baseiam em presunções sobre aquilo que não foi dito. Uma questão é esta que na época que esta passagem foi escrita era preciso procriação, para que os seres humanos povoassem o mundo. Mas hoje em dia a realidade é outra, temos um problema de superpopulação, e ainda nem todas as mulheres consegue contribuir a isso, pois nascem estéreis, ou com alguns problemas de saúde, e assim preferem não ter filhos.
Se fosse seguir o Genesis a risca do escrito, o preto no branco, hoje uma mulher casada que não quisesse ter filho, ou por ter algum problema de saúde ou por opção estaria agindo de maneira contrária a vontade do Genesis, e seus maridos conivente com elas, tanto, que algumas igrejas ainda enxergam desta maneira, proibindo seus membros ao uso de preservativos ou cirurgia para não se ter filhos.

SODOMA E GOMORRA

A historia de Sodoma e Gomorra mostra que a cidade havia deixado levar pela soberba, avareza. Deus enviou anjos à cidade para destrui-las, ao chegarem lá foram abordados pelos homens, (homens aqui aparece no sentido amplo da palavra, ou seja, os anjos foram cercados por todos os povos, incluindo homens, mulheres, crianças e idosos. Ao invés de acolherem os visitantes estrangeiros, os habitantes de Sodoma e gomorra quiseram abusar dos anjos, e qualquer tipo de abuso é por si só pecado. (gêneses 19; 4-5)
Para interpretar esta passagem das Escrituras Sagradas precisamos tomar como base a regra da exegese que diz que devemos comparar o texto com outras referencias em que o mesmo aparece. Ao ler os versículos bíblicos que fazem referencia a Sodoma e Gomorra, Amós 4;11 – Isaias 1;9-19 , 13.19 – Jeremias 49;18 – Lamentação 4;6 – Deuteronômio 29;22, 32;32 – Mateus 10;13-15 – Lucas 10 10-12. Em nenhum deles encontramos que o pecado de Sodoma e Gomorra tenha sido a homossexualidade, então se quisermos ser muito correto e usarmos a regras, ditas, jamais poderíamos usar este versículo fazendo alguma menção à homossexualidade. Com isso vemos que o pecado de Sodoma e Gomorra foi a iniqüidade, e não amparava o pobre e necessidade, e falta de hospitalidade.
Jesus Cristo conhecia muito bem a lei, pois a Bíblia conta que aos 12 anos Ele impressionava os doutores da lei com o seu conhecimento. O próprio Jesus conhecendo o contexto da história de Sodoma e Gomorra que era o de ter pecado por falta de hospitalidade para com os estrangeiros, ao enviar os seus obreiros para anunciarem a mensagem do Reino de Deus, sabiamente usou o exemplo de Sodoma e Gomorra como vemos no livro de Mateus no capitulo 10; 13-15.
Percebemos que não são os homossexuais que serão condenados. A condenação esta para todos os que excluem o estrangeiro por ser diferente. E aplicando esta mensagem para os dias de hoje podemos dizer que todos os que rejeitam os homossexuais por serem estes diferentes, estarão cometendo o pecado de Sodoma e Gomorra.

LEVÍTICOS

Levíticos foi escrito por Moisés e é parte da lei da antiga aliança dada no Sinai. No decorrer do livro são abordados temas como; a santidade, a presença Divina, e a expiação através do sacrifício. Devido a seu caráter ritualístico normativo é um grande desafio interpretar e decodificar as mensagens descritas no livro de leviticos; tarefa mais árdua é aplicar e contextualizar para os dias de hoje.
Se lermos leviticos 18; 19-25 e leviticos 20; 12-27, para entender precisaremos conhecer e entender o contexto histórico da época, como a palavra grega “toevah” . Devemos entender a passagem como um todo e não somente parte dela.
O livro de leviticos traz uma série de regras denominadas leis que são relativas a um conjunto de rituais que condicionavam as atividades sacerdotais dos levitas, proveniente da tribo de Levi, em que tinha a tarefa de cuidar do templo. Os capítulos 17 a 26 faziam parte de um documento denominado código de santidade que tentava condenar práticas comuns entre os cananitas, povo vizinho que adorava o deus Moleque, e a ele prestava rituais de idolatria. [Os conjuntos de leis descritas em leviticos serviram como modelos ritualísticos.] teólogos defendem que todo o livro de levíticos que se refira a ritual não deverá ser aplicado nos dias de hoje. O que as passagens de levíticos realmente estavam querendo dizer, é que o povo de Israel não deveria praticar os mesmos rituais que os cananitas.
A palavra traduzida aqui como abominação é no original grego “toevah”. A mesma é usada na bíblia no sentido de ritual, ou seja, quando a Bíblia diz; “com homem não se deitarás, como se fosse mulher, é abominação” e, “quando um homem se deitar com outro homem, como uma mulher, ambos fizeram abominação”, precisamos entender como; “com homem não te deitarás, como se fosse mulher, é ritual impuro”, “ quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher ambos fizeram um ritual impuro”.
Eram prática comum entre os cananitas prestarem cultos pagãos em adoração ao deus moleque, em que esses rituais envolviam sexo promiscuo entre homens. Era a idolatria, ritual impuro ou abominação, que Deus estava condenando. Em nenhum momento o livro de levítico condena a homossexualidade como conhecemos na atualidade, vivida com respeito, amor, compromisso, monogamia. Muitos homossexuais hoje em dia são cristãos e adoram apenas a um Deus, Jesus Cristo, formam família, adotam filhos.
A mensagem central do livro de levíticos 18 e 20 é; Deus abomina a idolatria e o sexo promíscuo prestado para adoração a deuses estranhos, portanto não podemos praticar este tipo de ritual.

DEUTERONÔMIO
Com exceção do último capítulo que foi escrito por Josué, o restante do livro de deuteronômio foi escrito por Moisés. O pano de fundo do livro se reflete aos fatos que antecederam a ida de Josué para a terra de Canaã. Constitui-se também como um conjunto de leis designadas aos judeus na época em que habitavam o deserto.
Deuteronômio revela; Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel, nem haverá sodomita dentre os filhos de Israel. Não trará o salário da prostituta nem o aluguel do sodomita para a casa do Senhor teu Deus por qualquer voto, porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao Senhor teu Deus. 23; 17-18.
Na passagem descrita, a palavra traduzida como prostituta é no original grego “qedesha”. Já a palavra traduzida como sodomita é no original grego “qedesh” que significa prostituto e é a versão masculina de “qedesha”.
Verificamos aqui um erro de tradução, porque se a primeira palavra foi traduzida como prostituta, a segunda que é uma versão masculina, deveria ter sido traduzida como prostituto, e não sodomita. (mesmo porque na época em que deuteronômio foi escrito não se tinha noção do que seria um sodomita. Esta é uma construção social que só foi inventada muitos séculos depois, na idade média)..
Para confirmar as diferenças de tradução basta fazer uma comparação de versões bíblicas distintas, algumas utilizam a palavra caos ao invés de sodomita.
Deuteronômio traz o mesmo contexto histórico observado em levíticos no que diz respeito aos rituais canaanitas. Podemos entender que Deus estava condenando os rituais pagãos de idolatria, e, os prostitutos cultuais, que eram o qedesh e qedesha.
Categoricamente Deus se recusa a aceitar ofertas provenientes de práticas de prostituição cultual. Essas prostitutas e prostitutos praticavam rituais pagãos e vendia os seus corpos como forma de buscar arrecadar oferenda para os deuses estranhos.
A passagem mostra que as praticas idólatras e de prostituição cultual não devem ser praticadas, e em nenhum momento o texto condena a homossexualidade.

ROMANOS

O livro de romanos foi escrito por Paulo, ele foi considerado o apóstolo dos gentios, pois se dedicou a pregar o evangelho para os não judeus.
O contexto histórico especifico da passagem de Romanos 1 apresenta um fato que merece ser ressaltado; a cultura religiosa romana era extremamente idólatra e Paulo precisava fortalecer a Igreja Cristã de Roma, para que a mesma não viesse a se desviar para caminhos tortuosos.
Os cristãos de Roma eram em sua grande maioria formados por gentios, mas havia alguns poucos judeus freqüentando a igreja de Roma. Paulo ficou em estado de perplexidade ao verificar que os romanos adoravam mais a criatura do que o criador, que adoravam adorar imagens em semelhança de homens, bem como de aves, quadrúpedes e répteis.
“E mudaram a glória de Deus incorruptível em semelhança da de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis... Pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador” (Romanos 1.23-25). Como forma de prestar cultos aos seus deuses, os cidadãos romanos praticavam sexo promíscuo no templo, homens com homens e mulheres com mulheres.
O que Paulo estava condenando aqui não era a homossexualidade em si. Contudo, assim como observamos nos casos de levíticos e deuteronômio, a abominação refere-se ao ritual religioso, a idolatria e ao sexo promíscuo praticado pelos romanos.
Continuemos a analisar a passagem bíblica de Romanos.
Pelo que Deus entregou a paixão infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrario a natureza, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamando em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, COMETENDO torpeza e recebendo em si mesmos a devidas recompensa em seus erros. (Romanos 1.26).
A palavra traduzida no texto como COMETENDO é no original grego KAT-ERR-GOTZUMAI. O prefixo KAT indica esforço, trabalho, desse modo, podemos concluir que os homens e as mulheres, geralmente sacerdotes que praticavam os rituais pagãos ou prostitutos cultuais, precisavam imprimir um grande esforço e trabalho para poderem cometer o que a bíblia define como torpeza. Os homens e mulheres não praticavam de forma natural esse ritual, eles faziam por costume, imposição religiosa e ritualística, por isso precisava de muito esforço para cometer o que não lhes era natural.
Esse cidadões romanos era por naturezas heterossexuais, e, estavam forçando, indo contra o seu estado natural no momento que praticavam o ato homossexuais. O que o texto quer dizer é que o heterossexual não deverá mudar a sua natureza de heterossexual.
É importante atentar para o fato de que o homossexual tem a sua natureza de homossexual. No capitulo sobre o que a ciência diz a respeito da homossexualidade, verificamos que o cientistas são unânimes em afirmar que o homossexual o é por natureza.
A passagem de romanos brilhantemente revela que do mesmo modo como os heterossexuais não devem ser esforçar para ir contra o seu estado natural, os homossexuais não podem ir contra o seu estado natural de homossexual.
O homossexual deverá permanecer naturalmente homossexual, o heterossexual naturalmente heterossexual, pois segundo romanos nenhum indivíduo deve ir contra o seu estado natural.

CORÍNTIOS E TIMÓTEO

A epístola de coríntios foi escrita pelo apóstolo Paulo aos Coríntios. O contexto diz respeito a vários problemas que haviam surgido na igreja de coríntios.
Alguns teólogos afirmam que 1 coríntios é um tratado na distinção entre os problemas descritos em uma carta pela igreja em coríntios e questão relevantes que haviam sido relatadas ao apostolo Paulo.
Fundamentalistas usam erroneamente a passagem de 1 coríntios 6 9-10, na tentativa de condenar a homossexualidade, vejamos o que ela diz:
“Não sabeis que o ímpio não herdará o reino de Deus? Não vos iludais. Nenhum destes herdará o reino de Deus; o imoral, os idólatras, os adúlteros, os efeminados, os sodomitas, os ladrões, os gananciosos, os bêbados, os caluniadores nem os extorcionários herdarão o Reino de Deus.”
As palavras traduzidas pela versão brasileira João Ferreira de Almeida, como efeminado e sodomitas, são no original grego respectivamente, “malakoi e “arsenokoitai”.
A tradução literal para o termo malakoi é mole, mas alguns dicionários gregos o definem como moralmente fraco. Martinho Lutero, um dos maiores e mais conhecidos precursores do movimento protestante, traduziu malakoi como fraco em corpo mente e caráter.
Em Mateus 11.8 o termo malakoi é traduzido como fino. “Mas que foste ver? Um homem vestido em roupas finas? Mas o que vestem roupas finas vive no palácio do rei”. Não há sentido de usar nessa tradução a palavra afeminado, essa passagem não diz respeito aos homossexuais. Além do mais o ser afeminado não é característica de todos os homossexuais, muitos gays são masculinos, bem como há heterossexuais afeminados.
Não existe relação entre o ser afeminado e a salvação. Observe que a passagem de coríntios 6 nos revela atos moralmente errados, como: roubos, ganância, imoralidade, calúnia e relaciona os mesmos com a salvação, mas, ser afeminado não é um ato moralmente errado, pois moral diz respeito à ética, ao caráter, e o indivíduo afeminado poderá ser altamente ético, desde que respeito o próximo, seja um cidadão de bem e que contribua com a sociedade.
A palavra “arsenokoitai” foi utilizada pelo apostolo Paulo apenas duas vezes na bíblia, e devido a este fato alguns tradutores têm dificuldade em encontrar o sentido real da palavras.
Muitos teólogos acreditam que esse termo perdeu o seu significado no decorrer do processo bíblico. O fato é que ao lermos diferentes versão bíblicas não encontramos um consenso no que diz respeito à tradução correta para arsenokotai . Para se ter uma idéia, a bíblia de Jerusalém traz a passagem de 1 Coríntios 6; 9-10 da seguinte maneira:
“não sabeis que o ímpio não herdará o Reino de Deus? Não vos iludais. Nenhum destes herdará o Reino de Deus; o imoral, os idólatras, os adúlteros, nem os depravados, nem os homens de costume infames, os ladrões, os gananciosos, os bêbados, os caluniadores nem os extorsionários herdarão o Reino de Deus”.
Algumas traduções com a linguagem de hoje foge extremamente do contexto original, traduz malakoi e arsenokoitai como homossexuais ativos e passivos. É o cúmulo do erro e da enganação, completa irresponsabilidade daqueles que não estão comprometidos com a verdade descrita na Palavra de Deus e se comprometem apenas com uma tradição dogmática e religiosa.
A passagem de 1 Coríntios 6 foi escrita nos anos 55 depois de Cristo, e, o termo sodomita só passou a existir milhares de anos depois na idade média, já a concepção de passivo e ativo é remota a sociedade atual.
O apostolo Paulo não tinha noção do que viria a seu um sodomita, nem muito menos um homossexual ativo e passivo, e por este motivo, não poderia ter usados esses termos.
Embora entendemos que se Paulo quisessem condenar a homossexualidade, como ele fez com os imorais, idolatras, adúlteros, depravados, bêbados e gananciosos poderia usar uma palavra que ele conhecia muito bem que era de sua própria língua, e já existia, que é. " pederastia", mas ele não usou pois realmente não era o que ele queria dizer.
O segundo momento em encontramos a palavra arsenokoitai é em 1 Timóteo, “impuros, sodomitas (arsenoikotai), raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe a sã doutrina”,(1,10)
O autor da carta de 1 Timóteo foi o apostolo Paulo, escrita provavelmente durante a sua quarta viagem missionária, é dirigida ao jovem Timóteo, com o intuito de que ele pudesse se prevenir contra as práticas das religiões pagãs da época, em que aborda tema de organização da igreja e a sã doutrina.
O termo arsenokoitai, é um derivados de duas palavras gregas, ARSER, que significa homem no sentido amplo da palavra, ou seja, refere-se a homem e mulher, e, KOITAI, que significa literalmente cama ou coito. Na época de reforma protestante essa palavra havia sido traduzida como masturbação.
A palavra arsenokoitai, seria mais bem compreendida se atentarmos para o contesto bíblico da passagem de 1 Coríntios 6. Os habitantes de Coríntios eram demasiadamente idólatras, existiam tantos deuses que a quantidade destes superava a de cidadão. Os rito religiosos da época eram extremamente pagãos, sacerdote e sacerdotisas, homens e mulheres, costumavam praticar cerimônias religiosas em forma de rituais que envolviam sexo promíscuo, não apenas homossexual mas também heterossexual. A palavra de Paulo servia para alertar a igreja com Coríntios e o jovem Timóteo. O sentido da palavra arsenokoitai, tanto em coríntios, bem como em Timóteo, não se refere à homossexualidade, na verdade é uma condenação aos atos que envolviam sexo ritual, heterossexual e homossexual, promíscuo pagão e idólatra, praticados pelo povos não cristão.