Teologia Inclusiva
O cristianismo pode ser classificado como sendo o movimento religioso que tem
Jesus Cristo como Deus, seus adeptos são chamados de cristãos e seu livro
sagrado é formado pelo novo e antigo testamento: a Bíblia.
As raízes do cristianismo estão no judaísmo. Ambas as correntes crêem em Deus,
são monoteístas, porém, diferenciam-se basicamente pelo fato de que os cristãos
acreditam em Jesus como o Messias, ao contrário, os Judeus ainda estão
aguardando-o, pois para eles Jesus seria apenas um profeta, tendo o seu livro
sagrado formado somente pelo antigo testamento.
Várias são as vertentes das quais o cristianismo ramificasse. Dentre as mais
conhecidas tem a igreja católica, a igreja protestante e a igreja ortodoxa do
oriente.
Existe certa resistência do cristianismo em aceitar a homossexualidade,
contudo, desde a década de 60 essa percepção religiosa vem sendo modificada
através do nascimento da teologia inclusiva.
A teologia baseia-se na revelação. O elemento primordial para esse tipo de
pensamento é a Fé, que significa crer. A teologia é o campo de estudos que
utiliza a bíblia para buscar informação a respeito de Deus, ou seja, o termo
teologia diz respeito ao estudo sobre Deus. Na teologia várias são as correntes, há
aqueles que acreditam que Deus escolhem os que irão ser salvos, estes sãos os
teólogos da predestinação. Também há os que defendem que o homem é detentor do
livre arbítrio e decidirá servir ou não a Deus. E outras ramificações
teológicas diferentes, mas o foco deste estudo é o da teologia inclusiva.
Por ser uma corrente que defende a inclusão de homossexuais ao cristianismo, a
teologia inclusiva deve ser estudada por todo cristão nato, genuíno,
comprometido com o Reino de Deus e a ética cristã.
O seu estudo através do contexto histórico crítico, aprofundado e minucioso,
dos textos bíblicos utilizados para condenar os homossexuais consegue provar,
de forma impar, que Deus aceita os homossexuais e que a bíblia não os condena.
Na Europa e nos estados Unidos a maioria das igrejas que defendem essa corrente
é mista, ou seja, agregam em sua membresia
tanto homossexuais bem como heterossexuais, realizam casamentos de homossexuais
e consagram ministro gays e lésbicas.
No Brasil como o preconceito ainda é muito latente, as igrejas inclusivas são
formadas em sua grande maioria por homossexuais, e uma minoria de
heterossexuais, embora a intenção dessas igrejas seja alcançar a todos
independente de orientação sexual.
E PORQUE SÒ AGORA?
Talvez você esteja se perguntando: porque essa teologia só surgiu agora? Deus
permitiria que a religião interpretasse erroneamente as escrituras sagradas?
Será que os que defendem a teologia inclusiva são hereges ou falsos profetas?
Caro amigo, a Bíblia nos fala que há tempo para tudo. “tudo tem seu tempo
determinado, e a tempo para todo o propósito debaixo do céu....”(eclesiastes 3
1-8).
Deus é o senhor do tempo. Há uma sincronia na vontade soberana de Deus, tudo
ocorre no seu devido momento, e há propósito para todas as coisas, as
adversidades servem de aprendizados e os erros servirão como exemplo do que não
deve ser repetidos.
Por vários séculos a escravatura foi legitimada pela religião, acreditavam que
os negros não tinham alma. Por anos a finco as mulheres foram discriminadas,
inclusive nos espaço religioso. O catolicismo durante a idade média praticava a
venda de indulgencia, matava cruelmente milhares de pessoa através da santa
inquisição. Foram homens, em nome da religião, que criaram o preconceito,
contra negros, mulheres e homossexuais, e acabaram por gerar violência e morte
ao interpretarem erradamente a bíblia.
A humanidade não esta esquecida por Deus, pois no tempo certo os negros foram
libertos, as mulheres assumiram sua devida importância na sociedade e surgiu o
movimento protestante com Martinho Lutero e fez ressurgir uma nova vertente do
cristianismo, o protestantismo.
Agora é o tempo reservado por Deus para que os homossexuais conquistem seu
espaço no cristianismo. Isto é Providencia Divina.
A teologia inclusiva não é doutrina de
falsos profetas e hereges, ao ler esse estudo você verá as bases sólidas dessa
corrente e entenderá porque provem de Deus. O próprio Marinho Lutero foi
chamado de herege, o próprio Jesus foi considerado pelos religiosos de sua
época, um falso profeta endemoniado. (Veja marcos 3.22-23)
Mas em Mateus 5.10-12 diz: Bem aventurado os perseguidos por causa da justiça,
porque deles é o reino dos céus, Bem aventurado sois quando, por minha causa,
vos injuriarem, e vos perseguirem, e mentinho disserem todo mal contra vós.
Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus, pois assim
perseguiram aos profetas que vieram antes de vós.
A IMPORTANCIA DO CONTEXTO
De acordo com a teologia da inclusão, nenhum versículo bíblico deve ser lido
sem o seu contexto crítico histórico. A regra de ouro da hermenêutica é que
qualquer passagem bíblica deve ser vista dentro do seu próprio contexto.
Existem passagens bíblicas que são erroneamente utilizadas para condenar os
homossexuais, a questão é; será que esses textos bíblicos realmente condenam a
homossexualidade? Os teólogos inclusivos afirmam que não, todavia para explicar
com clareza é preciso se fundamentar nos aprofundados e longos estudos da
teologia que veremos logo mais.
Ser cristão diz respeito, fundamentalmente, a cultuar a Jesus Cristo e tê-lo
como Deus. O cristão precisara manter comunhão com outros cristãos. O
cristianismo é essencialmente a expressão de amor vivo e da espiritualidade que
se concretiza na convivência entre os seres humanos. O cristão quando privado
do convívio com outros, da vivência da espiritualidade na igreja e do serviço
cristão, certamente se sentirá enfraquecido, pois será como a brasa quando
tirada do braseiro, fria e apagada. Os homossexuais cristãos também sentem a
necessidade de congregarem, de servirem a cristo em uma igreja. Mas este
direito foi tirado pelas igrejas católicas e evangélicas, e não por Cristo. Por
muito tempo os homossexuais tiveram que optar por servir a cristo, mas esquecer
sua orientação sexual, como se isso fosse possível.
É demasiadamente trágico que o cristianismo e a própria sociedade exclua os
homossexuais. A ignorância e a intolerância devem deixar de existir e dar lugar
ao esclarecimento. Não podemos permitir que o preconceito se perpetue. Todos
nós devemos buscar os fatos além das realidades dadas, assim, estaremos
comprometidos eticamente com a construção de um mundo melhor, mais igualitário
e justo.
É necessário que as religiões cristãs dialoguem sobre o tema, que ouçam a voz
dos excluídos e de seus defensores, é preciso que troquemos o preconceito pela
aceitação, pelo acolhimento de todos independente de raça, cor, sexo, idade ou
orientação sexual.
Precisamos seguir o exemplo de Cristo. Ele ama a cada um, e, de modo algum faz
acepção de pessoas ou lança fora aqueles que o confessam como senhor de suas
vidas. Não podemos permitir que o preconceito se perpetue, as minorias precisam
ser ouvidas e respeitadas. Pecado é a falta de amor, é a rejeição, são deixar
as margens os homossexuais. Jesus nos diz em Marcos 10.14 Deixai vir a mim os
pequeninos. Os pequeninos não são apenas crianças, mas, são toas as minorias,
os fracos, oprimidos, que tentam chegar a Deus, mas são impedidos pelos
religiosos.
Igrejas que tem aceitados os homossexuais.
Algumas igrejas cristãs já voltaram os seus olhares para o fato de que os
homossexuais devem ser aceitos. Temos como exemplo as igrejas americanas:
Presbiterianas, Anglicanas, Episcopal, Batista do Sul, Igreja da Comunidade
metropolitana- ICM. No Brasil verificamos as igrejas; Contemporânea, Comunidade
cristã Nova Esperança- CCNE, Igreja para Todos, Acalanto, ICM, entre outras.
É possível deixar de ser homossexual
Segundo a ciência um homossexual nunca deixará de ser homossexual, assim como
um heterossexual não pode deixar de ser heterossexual e um negro não pode
deixar de ser negro.
Diante da falta de sabedoria para lhe dar com a situação, vários homossexuais
que desejam ser cristão têm visto esta vontade ruir, são enganados, rejeitados,
passam pelas mais variadas formas de exorcismos e terapias de cura interior,
contudo, ao final, quando vêem que o desejo por uma pessoa do mesmo sexo não
foi retirado, acabam oprimidos, o sonho se torna pesadelo, levando o individuo
até mesmo ao suicídio. Estatísticas informam que 30% dos jovens que se suicidam
são homossexuais não conformados com sua identidade sexual, e muitos destes
buscaram ajuda em igrejas cristã.
Não há provas científicas que demonstrem que as terapias de reversão ou de cura
são eficazes na modificação da orientação sexual de uma pessoa. Há, contudo,
provas de que estes tipo de terapia podem ter resultados destrutivos.
Muitos grupos e igrejas tentam impor aos homossexuais que eles aprendam a se
comportar heterossexualmente. A Associação Americana de Psicologia e o conselho
Americano de Psiquiatria alertam que esta prática não é cientifica, nem ética.
A tentativa de reversão da orientação sexual poê em risco a saúde mental do
individuo, podendo causar danos irreparáveis, desencadeando depressão,
baixo-auto-estima, ansiedade, suicídio.
A VONTADE SOBERANA DE DEUS
Quando Deus cura, Ele o faz por completo, e, porque não retirou o desejo
homossexual dessas pessoas que tanto o buscaram, oraram e jejuaram?
Simplesmente pelo fato de que foi o próprio Deus quem criou o homossexual da
forma como é, e a sua vontade soberana é de que os homossexuais continuem
homossexuais.
Onde esta a libertação do desejo homossexual? Ela não existe. O gay e a
lésbica, nunca deixarão de sentirem atraídos por outra pessoa do mesmo sexo.
Poderão até optar por não vivenciarem a homossexualidade, mas continuaram sendo
homossexuais, já que ninguém tem como ir contra a vontade soberana de Deus.
A ORIENTAÇÃO SEXUAL
A homossexualidade não é uma escolha, é uma orientação. O indivíduo é
naturalmente homossexual, e não conseguirá mudar sua identidade sexual.
A orientação sexual faz tanto parte do ser humano como a cor da sua pele, ou
como a mancha do leopardo. Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o
leopardo a suas manchas? (Jeremias 13.23)
Pedir ao homossexual deixe de ser o que é por natureza é a mesma coisa que
pedir a um heterossexual deixe sua natureza, ou que um negro deixe de ser
negro. Isto é impossível.
Podemos concluir que não existem ex-gays. Nesse sentido, as pessoas devem
aceitar a sua orientação sexual, pois para Deus não a diferenças entre
homossexual ou heterossexual, homens ou mulher, todos nos podemos ser filho de
Deus desde que reconhecemos a vinda de Cristo como Homem, em carne, e sua morte
e ressurreição, e que o recebamos como Senhor de nossas vidas.
O QUE A CIÊNCIA DIZ A RESPEITO DA HOMOSSEXUALIDADE
Diferentemente do que muitas pessoas acham, segundo a ciência, a orientação
sexual, tanto para heterossexuais, como para homossexuais, não é uma escolha,
ou opção. Alguns estudos recentes indicam que a identidade sexual tem uma
grande influencia biológica e social, desse modo, sendo determinada antes e
depois do nascimento, Existem os que alegam que a identidade sexual é uma
predisposição genética de toda a vida humana, enquanto outros vêem como obra
humana social. Este debate é bastante atual nas Ciências Sociais, que defendem
a idéia de que a sexualidade humana é gerada no meio social, e nas Ciências
Biológicas, que acreditam que a origem da sexualidade esta no fator genético do
individuo.
Biólogos descobriram que o feto, ainda no ventre da mãe, recebe determinados
tipos de hormônios. No caso da homossexualidade, o feto do sexo masculino
recebe uma quantidade maior de progesterona (hormônio feminino) e o do sexo
feminino uma quantidade menor, desencadeando na definição da orientação sexual
do individuo no futuro.
Cientistas sociais afirmam; mesmo que considerássemos o fator social como
predominante na formação da identidade sexual do ser humano, o comportamento
sexual não pode ser taxado como antinatural, ou seja, é natural ao ser humano
ser homossexual, heterossexual ou bissexual, independentemente desse fator ser
aprendido ou não.
Os cientistas são unânimes em afirmar que não é possível transformar um
homossexual em heterossexual, já que a natureza do ser humano não pode ser
modificada. Qualquer tentativa de mudança na identidade sexual já é
comprovadamente frustrada. O individuo pode até tentar não vivenciar o ato
sexual com pessoa do mesmo sexo, mas o desejo homossexual permanecerá
inalterado para o resto de sua vida.
Há homossexualidade não é doença segundo a ciência médica. Em 1973, o conselho
Americano de psiquiatria obteve provas de que a homossexualidade não é doença
mental. No ano de 1985, o Conselho Federal de Medicina do Brasil, não
categorizava mais a homossexualidade como doença. Em 1991, a Organização
Mundial de saúde passa a desconsiderar a homossexualidade como doença.
Atualmente, o Conselho de psicologia do Brasil não permite que psicólogos atuem
na tentativa de reversão da homossexualidade, uma vez que o conselho entende
que é impossível reverter à orientação sexual de uma pessoa.
CONCLUINDO
A base da ciência é a investigação, nela esta o pensamento comprovado,
legitimado, aprovado, experimentado.
Como vimos os cientistas dos mais diversos campos declaram que a
homossexualidade é normal e deve ser aceita. Nós não podemos ser todos iguais,
no mundo há diferença, diversidade.
HOMOSSEXUALIDADE COMO POSSESSÃO DEMONIACA
Obviamente a homossexualidade não é uma forma de possessão demoníaca. A bíblia
diz que tudo quanto pedimos em oração, em nome de Jesus, isto nos será feito.
No livro de Mateus, encontramos; “Pedi, e dar-se-vos-á, buscai, e achareis,
batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha, a ao
que bate abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe
pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente?
Se vós, pois sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais
vosso Pai que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem? (Mateus
7.7-11).
Muitos homossexuais que não se aceitam pedem a Deus diariamente que retirem
deles o desejo por outra pessoa do mesmo sexo. Procuram as igrejas, e são
levados a sessões de terapia, cura interior, oração, aconselhamento, libertação
e passam anos a finco, e o desejo homossexual continua lá. Essas pessoas acabam
sentindo-se infelizes.
Será que Jesus seria tão fraco assim a ponto de não curar ou libertar o
individuo da homossexualidade ou será que a Bíblia esta errada em afirmar que
há poder na oração?
Todo o poder foi dado ao Nome de Jesus. Está escrito no livro de Mateus 28; 18
que toda autoridade foi dada a Jesus no céu e na terra. A Bíblia é infalível,
ela é a Palavra de Deus, é sua vontade soberana que se cumpre diariamente.
Deus não age em desacordo com a sua vontade soberana e os seus planos. De modo
algum curaria, ou libertaria o indivíduo da homossexualidade, pois esta não é
uma doença, e nem muito menos uma possessão demoníaca. Caso fosse, certamente
todos os que imploraram a Deus para deixarem de ser homossexuais, não sentiriam
mais atração por uma pessoa do mesmo sexo.
O heterossexual sempre será heterossexual, e o homossexual sempre será
homossexual, esta é a vontade soberana de Deus. Ele não muda a orientação sexual
de ninguém, pois essa mudança implicaria na mesma coisa do pai dar pedra ao seu
filho que pede pão, como descrito em Mateus 7.7-11.
Devemos entender que a orientação sexual do indivíduo é uma dádiva, um presente
de Deus que não se pode deixar de aceitar e receber. Deus quer que os
homossexuais se aceitem, toda a oração nesse sentido será ouvida e respondida.
Ele poderá curar a rejeição, o medo, as feridas emocionais que o mundo causa e
causou através do preconceito, tornando-os mais felizes, mais amados e
motivados.
ALGUMAS PASSAGENS BÍBLICAS QUE APOIAM AO HOMOSSEXUALISMO
Diretamente com essas palavras, (homossexualismo), não iremos achar, pois, esta
palavra só foi inventada a menos de 2 séculos atrás. Mas vejamos algumas
histórias que servem cosmo exemplo de relacionamentos homossexuais.
Há uma historia de um eunuco que atuava como oficial do governo e foi aceito
por Felipe para ser batizado, verificamos a passagem em atos 8.27-28, que diz:
eis que um etíope, eunuco, oficial de candence... Que viera adorar em
Jerusalém... Então disse o espírito a Felipe: aproxima- te desse carro e
acompanha-o... Chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco a Felipe.
Eis aqui água, que impede que sejas batizado
Felipe entendeu que não importava para Deus a orientação sexual do eunuco, mas,
o seu coração, e batizou o eunuco nas águas;
Felipe respondeu: é licito que sejas batizado, se crês de todo o coração. E
respondeu o eunuco; Creio que Jesus Cristo é o filho de Deus. Então mandaram
parar o carro, ambos desceram à água, e Felipe batizou o eunuco.
Penso: como será que as pessoas sabiam que estavam falando com eunucos, será
que era pela voz afeminada, ou por se vestir como mulheres, e porque deixa tão
evidente que eram eunucos?
Jesus Cristo em seu ministério deparou-se com um centurião homossexual. O
centurião era responsável por comandar cem soldados. Vejamos o que a Bíblia
diz:
“Tendo Jesus concluído todas as suas palavras dirigidas ao povo, entrou em
cafarnaum. E o servo de um centurião, há quem muito estimava (entimos), estava
doente, quase a morte. Tendo ouvido falar a respeito de Jesus, enviou-lhes
alguns anciões dos judeus.... Então Jesus foi com eles. E já, perto da casa, o
centurião enviou-lhe amigos para lhe dizer: Senhor, não te incomodes, porque
não sou digno que entres em minha casa. Por isso eu mesmo não me julguei digno
de ir ter contigo, porém manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado...
Ouvidas estas palavras, admirou-se Jesus dele , voltando-se para o povo que o
acompanhava, disse: afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta. E
voltando para a casa os que foram enviados, encontram curado o servo. (Lucas
7.1-10)
Historicamente o centurião romano ate mesmo por uma questão cultural, mantinham
relações homossexuais com os seus servos, era uma pratica comum na sociedade
romana da época.
Ao analisarmos a passagem Bíblica em questão verificamos que o servo tinha uma
relação profunda e de intimidade para com o centurião. O verbo no original
grego utilizado para qualificar a relação foi “entimus” que designa intimidade.
Tal fator fica ainda mais claro quando percebemos que o centurião não se achava
digno de receber Jesus em sua casa.
Ao final vemos que o centurião refere-se ao seu servo carinhosamente como “o
meu rapaz”, o que comprova ainda mais que eles mantinham uma relação
homossexual.
Em nenhum momento vemos Jesus desaprovando o centurião por ocasião de sua
orientação sexual. Jesus, com toda a sua onisciência, sabia que o centurião era
homossexual, mas em uma atitude anti-preconceituosa, curou o parceiro do
centurião e ainda enfatizou a importância da fé.
AGORA IREMOS ENTRAR NOS TEXTOS QUE ANTES ERA USADO CONTRA OS HOMOSSEXUAIS, E
TRAZE-LOS DENTRO DAS REGRAS DA HERMENÊUTICA E A EXEGESE
A tarefa da teologia inclusiva é mostrar, através de uma correta interpretação
dos textos bíblicos, que a bíblia não condena a homossexualidade e que inclui a
todos independente de orientação sexual
O evangelho da inclusão leva em consideração o maior mandamento que é amar a
Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Amar é acolher e
não excluir
Deus ama os homossexuais. A própria palavra em João 3.16 mos revela que Deus
enviou o seu único filho, Jesus para que todo aquele que Nele crê tenha a vida
eterna. (todos os que crerem).
Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Desta forma não há
Judeus nem Gregos, não a servo e nem livre, não a macho e nem fêmea, porque
todos vós sois um em Cristo Jesus. (Gálatas 3.26e28).
A HERMENÊUTICA E A EXEGESE
A partir de determinadas regras da hermenêutica e da exegese, que são os
parâmetros utilizados pelos teólogos para interpretarem a bíblia corretamente,
é possível provar que nenhuma passagem bíblica condena os homossexuais.
As regras da hermenêutica e da exegese definidas pelos teólogos:
- A passagem bíblica deve ser vista e mantida dentro de seu próprio contexto.
- O texto bíblico deve ser comparado aos outros trechos em que aparece na
bíblia, pois nenhum versículo pode ser interpretado isoladamente.
- A interpretação da bíblia deve ser feita considerando o contexto
histórico-crítico e não fundamentalista.
É necessário entender que há uma grande perda do sentido original das palavras
quando são traduzidas de uma língua para outra. Por exemplo, a palavra saudade,
que tem seu significado compreendido por qualquer brasileiro, não existe em
nenhuma outra língua. Dessa forma é traduzida para outros idiomas de forma
reducionista, como sentir falta de algo ou alguém, contudo, a palavra saudade
para os brasileiros tem um significado muito mais amplo do que este.
GENESIS
Não se sabe com certeza quem foi o autor de gênesis, mas acredita-se que como
Moisés escreveu os outros quatros livros do Pentateuco poderia ter contribuído
na autoria deste livro. É considerado o livro da origem por trazer relatos de
como o mundo surgiu.
Existem duas histórias em Gênesis que são utilizadas pelos fundamentalistas
religiosos como suposta condenação a homossexualidade. A primeira delas é a
idéia que Deus criou o homem para a mulher, e a segunda esta no relato de
Sodoma e Gomorra.
Na verdade é uma questão de interpretação. A teologia inclusiva consegue
mostrar aos olhares mais desatentos, detalhes que nos revelam o que
verdadeiramente as passagens de gênesis querem dizer.
ADÃO E EVA
Comumente vemos as pessoas, quando se referem à homossexualidade, afirmarem
que: Deus criou Adão e Eva e não Adão e Ivo. Coloca assim, preto no branco, sem
atentarem para uma reflexão mais profunda a respeito. Teologicamente podemos
dizer que o sentido do nome Adão e Eva é uma geração. Isto quer dizer que Deus
não criou apenas um homem e uma mulher, mas uma geração de pessoas. Se Adão e
Eva significam uma geração, isto nos leva a pensar que Deus criou homens e mulheres
com os mais variados tipos de orientação sexual. Deus é o pai da diversidade
humana segundo o livro de Genesis
Muitos afirmam que se Deus concordassem com a homossexualidade, não teria feito
homem e mulher, pois seria impossível a multiplicação da espécie.
Deus realmente criou homens e mulheres e ordenou aos mesmo que multiplicassem.
Contudo, tal fato não serve como parâmetro de exclusão dos homossexuais. Pois
nenhum momento verificou em Genesis uma proibição a homossexualidade, já que
este termo inclusive nem é citado. Alguns teólogos apóiam-se em uma falácia
lógica, na ignorância, que os que sustentam essa suposição apelam para o
desconhecido, se baseiam em presunções sobre aquilo que não foi dito. Uma
questão é esta que na época que esta passagem foi escrita era preciso
procriação, para que os seres humanos povoassem o mundo. Mas hoje em dia a
realidade é outra, temos um problema de superpopulação, e ainda nem todas as
mulheres consegue contribuir a isso, pois nascem estéreis, ou com alguns problemas
de saúde, e assim preferem não ter filhos.
Se fosse seguir o Genesis a risca do escrito, o preto no branco, hoje uma
mulher casada que não quisesse ter filho, ou por ter algum problema de saúde ou
por opção estaria agindo de maneira contrária a vontade do Genesis, e seus
maridos conivente com elas, tanto, que algumas igrejas ainda enxergam desta
maneira, proibindo seus membros ao uso de preservativos ou cirurgia para não se
ter filhos.
SODOMA E GOMORRA
A historia de Sodoma e Gomorra mostra que a cidade havia deixado levar pela
soberba, avareza. Deus enviou anjos à cidade para destrui-las, ao chegarem lá
foram abordados pelos homens, (homens aqui aparece no sentido amplo da palavra,
ou seja, os anjos foram cercados por todos os povos, incluindo homens, mulheres,
crianças e idosos. Ao invés de acolherem os visitantes estrangeiros, os
habitantes de Sodoma e gomorra quiseram abusar dos anjos, e qualquer tipo de
abuso é por si só pecado. (gêneses 19; 4-5)
Para interpretar esta passagem das Escrituras Sagradas precisamos tomar como
base a regra da exegese que diz que devemos comparar o texto com outras
referencias em que o mesmo aparece. Ao ler os versículos bíblicos que fazem
referencia a Sodoma e Gomorra, Amós 4;11 – Isaias 1;9-19 , 13.19 – Jeremias
49;18 – Lamentação 4;6 – Deuteronômio 29;22, 32;32 – Mateus 10;13-15 – Lucas 10
10-12. Em nenhum deles encontramos que o pecado de Sodoma e Gomorra tenha sido
a homossexualidade, então se quisermos ser muito correto e usarmos a regras,
ditas, jamais poderíamos usar este versículo fazendo alguma menção à
homossexualidade. Com isso vemos que o pecado de Sodoma e Gomorra foi a
iniqüidade, e não amparava o pobre e necessidade, e falta de hospitalidade.
Jesus Cristo conhecia muito bem a lei, pois a Bíblia conta que aos 12 anos Ele
impressionava os doutores da lei com o seu conhecimento. O próprio Jesus
conhecendo o contexto da história de Sodoma e Gomorra que era o de ter pecado
por falta de hospitalidade para com os estrangeiros, ao enviar os seus obreiros
para anunciarem a mensagem do Reino de Deus, sabiamente usou o exemplo de
Sodoma e Gomorra como vemos no livro de Mateus no capitulo 10; 13-15.
Percebemos que não são os homossexuais que serão condenados. A condenação esta
para todos os que excluem o estrangeiro por ser diferente. E aplicando esta
mensagem para os dias de hoje podemos dizer que todos os que rejeitam os
homossexuais por serem estes diferentes, estarão cometendo o pecado de Sodoma e
Gomorra.
LEVÍTICOS
Levíticos foi escrito por Moisés e é parte da lei da antiga aliança dada no
Sinai. No decorrer do livro são abordados temas como; a santidade, a presença
Divina, e a expiação através do sacrifício. Devido a seu caráter ritualístico
normativo é um grande desafio interpretar e decodificar as mensagens descritas
no livro de leviticos; tarefa mais árdua é aplicar e contextualizar para os
dias de hoje.
Se lermos leviticos 18; 19-25 e leviticos 20; 12-27, para entender precisaremos
conhecer e entender o contexto histórico da época, como a palavra grega
“toevah” . Devemos entender a passagem como um todo e não somente parte dela.
O livro de leviticos traz uma série de regras denominadas leis que são
relativas a um conjunto de rituais que condicionavam as atividades sacerdotais
dos levitas, proveniente da tribo de Levi, em que tinha a tarefa de cuidar do
templo. Os capítulos 17 a 26 faziam parte de um documento denominado código de
santidade que tentava condenar práticas comuns entre os cananitas, povo vizinho
que adorava o deus Moleque, e a ele prestava rituais de idolatria. [Os
conjuntos de leis descritas em leviticos serviram como modelos ritualísticos.]
teólogos defendem que todo o livro de levíticos que se refira a ritual não
deverá ser aplicado nos dias de hoje. O que as passagens de levíticos realmente
estavam querendo dizer, é que o povo de Israel não deveria praticar os mesmos
rituais que os cananitas.
A palavra traduzida aqui como abominação é no original grego “toevah”. A mesma
é usada na bíblia no sentido de ritual, ou seja, quando a Bíblia diz; “com
homem não se deitarás, como se fosse mulher, é abominação” e, “quando um homem
se deitar com outro homem, como uma mulher, ambos fizeram abominação”,
precisamos entender como; “com homem não te deitarás, como se fosse mulher, é
ritual impuro”, “ quando também um homem se deitar com outro homem, como com
mulher ambos fizeram um ritual impuro”.
Eram prática comum entre os cananitas prestarem cultos pagãos em adoração ao
deus moleque, em que esses rituais envolviam sexo promiscuo entre homens. Era a
idolatria, ritual impuro ou abominação, que Deus estava condenando. Em nenhum
momento o livro de levítico condena a homossexualidade como conhecemos na
atualidade, vivida com respeito, amor, compromisso, monogamia. Muitos
homossexuais hoje em dia são cristãos e adoram apenas a um Deus, Jesus Cristo,
formam família, adotam filhos.
A mensagem central do livro de levíticos 18 e 20 é; Deus abomina a idolatria e
o sexo promíscuo prestado para adoração a deuses estranhos, portanto não
podemos praticar este tipo de ritual.
DEUTERONÔMIO
Com exceção do último capítulo que foi escrito por Josué, o restante do livro
de deuteronômio foi escrito por Moisés. O pano de fundo do livro se reflete aos
fatos que antecederam a ida de Josué para a terra de Canaã. Constitui-se também
como um conjunto de leis designadas aos judeus na época em que habitavam o
deserto.
Deuteronômio revela; Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel, nem
haverá sodomita dentre os filhos de Israel. Não trará o salário da prostituta
nem o aluguel do sodomita para a casa do Senhor teu Deus por qualquer voto,
porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao Senhor teu Deus. 23;
17-18.
Na passagem descrita, a palavra traduzida como prostituta é no original grego
“qedesha”. Já a palavra traduzida como sodomita é no original grego “qedesh”
que significa prostituto e é a versão masculina de “qedesha”.
Verificamos aqui um erro de tradução, porque se a primeira palavra foi
traduzida como prostituta, a segunda que é uma versão masculina, deveria ter
sido traduzida como prostituto, e não sodomita. (mesmo porque na época em que
deuteronômio foi escrito não se tinha noção do que seria um sodomita. Esta é
uma construção social que só foi inventada muitos séculos depois, na idade
média)..
Para confirmar as diferenças de tradução basta fazer uma comparação de versões
bíblicas distintas, algumas utilizam a palavra caos ao invés de sodomita.
Deuteronômio traz o mesmo contexto histórico observado em levíticos no que diz
respeito aos rituais canaanitas. Podemos entender que Deus estava condenando os
rituais pagãos de idolatria, e, os prostitutos cultuais, que eram o qedesh e
qedesha.
Categoricamente Deus se recusa a aceitar ofertas provenientes de práticas de
prostituição cultual. Essas prostitutas e prostitutos praticavam rituais pagãos
e vendia os seus corpos como forma de buscar arrecadar oferenda para os deuses
estranhos.
A passagem mostra que as praticas idólatras e de prostituição cultual não devem
ser praticadas, e em nenhum momento o texto condena a homossexualidade.
ROMANOS
O livro de romanos foi escrito por Paulo, ele foi considerado o apóstolo dos
gentios, pois se dedicou a pregar o evangelho para os não judeus.
O contexto histórico especifico da passagem de Romanos 1 apresenta um fato que
merece ser ressaltado; a cultura religiosa romana era extremamente idólatra e
Paulo precisava fortalecer a Igreja Cristã de Roma, para que a mesma não viesse
a se desviar para caminhos tortuosos.
Os cristãos de Roma eram em sua grande maioria formados por gentios, mas havia
alguns poucos judeus freqüentando a igreja de Roma. Paulo ficou em estado de
perplexidade ao verificar que os romanos adoravam mais a criatura do que o
criador, que adoravam adorar imagens em semelhança de homens, bem como de aves,
quadrúpedes e répteis.
“E mudaram a glória de Deus incorruptível em semelhança da de homem
corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis... Pois eles mudaram a
verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador”
(Romanos 1.23-25). Como forma de prestar cultos aos seus deuses, os cidadãos
romanos praticavam sexo promíscuo no templo, homens com homens e mulheres com
mulheres.
O que Paulo estava condenando aqui não era a homossexualidade em si. Contudo,
assim como observamos nos casos de levíticos e deuteronômio, a abominação
refere-se ao ritual religioso, a idolatria e ao sexo promíscuo praticado pelos
romanos.
Continuemos a analisar a passagem bíblica de Romanos.
Pelo que Deus entregou a paixão infames. Porque até as suas mulheres mudaram o
uso natural no que é contrario a natureza, semelhantemente, também os varões,
deixando o uso natural da mulher, se inflamando em sua sensualidade uns para
com os outros, varão com varão, COMETENDO torpeza e recebendo em si mesmos a
devidas recompensa em seus erros. (Romanos 1.26).
A palavra traduzida no texto como COMETENDO é no original grego
KAT-ERR-GOTZUMAI. O prefixo KAT indica esforço, trabalho, desse modo, podemos
concluir que os homens e as mulheres, geralmente sacerdotes que praticavam os
rituais pagãos ou prostitutos cultuais, precisavam imprimir um grande esforço e
trabalho para poderem cometer o que a bíblia define como torpeza. Os homens e
mulheres não praticavam de forma natural esse ritual, eles faziam por costume,
imposição religiosa e ritualística, por isso precisava de muito esforço para
cometer o que não lhes era natural.
Esse cidadões romanos era por naturezas heterossexuais, e, estavam forçando,
indo contra o seu estado natural no momento que praticavam o ato homossexuais.
O que o texto quer dizer é que o heterossexual não deverá mudar a sua natureza
de heterossexual.
É importante atentar para o fato de que o homossexual tem a sua natureza de
homossexual. No capitulo sobre o que a ciência diz a respeito da
homossexualidade, verificamos que o cientistas são unânimes em afirmar que o
homossexual o é por natureza.
A passagem de romanos brilhantemente revela que do mesmo modo como os
heterossexuais não devem ser esforçar para ir contra o seu estado natural, os
homossexuais não podem ir contra o seu estado natural de homossexual.
O homossexual deverá permanecer naturalmente homossexual, o heterossexual
naturalmente heterossexual, pois segundo romanos nenhum indivíduo deve ir
contra o seu estado natural.
CORÍNTIOS E TIMÓTEO
A epístola de coríntios foi escrita pelo apóstolo Paulo aos Coríntios. O
contexto diz respeito a vários problemas que haviam surgido na igreja de
coríntios.
Alguns teólogos afirmam que 1 coríntios é um tratado na distinção entre os
problemas descritos em uma carta pela igreja em coríntios e questão relevantes
que haviam sido relatadas ao apostolo Paulo.
Fundamentalistas usam erroneamente a passagem de 1 coríntios 6 9-10, na
tentativa de condenar a homossexualidade, vejamos o que ela diz:
“Não sabeis que o ímpio não herdará o reino de Deus? Não vos iludais. Nenhum
destes herdará o reino de Deus; o imoral, os idólatras, os adúlteros, os
efeminados, os sodomitas, os ladrões, os gananciosos, os bêbados, os
caluniadores nem os extorcionários herdarão o Reino de Deus.”
As palavras traduzidas pela versão brasileira João Ferreira de Almeida, como
efeminado e sodomitas, são no original grego respectivamente, “malakoi e
“arsenokoitai”.
A tradução literal para o termo malakoi é mole, mas alguns dicionários gregos o
definem como moralmente fraco. Martinho Lutero, um dos maiores e mais
conhecidos precursores do movimento protestante, traduziu malakoi como fraco em
corpo mente e caráter.
Em Mateus 11.8 o termo malakoi é traduzido como fino. “Mas que foste ver? Um
homem vestido em roupas finas? Mas o que vestem roupas finas vive no palácio do
rei”. Não há sentido de usar nessa tradução a palavra afeminado, essa passagem
não diz respeito aos homossexuais. Além do mais o ser afeminado não é
característica de todos os homossexuais, muitos gays são masculinos, bem como há
heterossexuais afeminados.
Não existe relação entre o ser afeminado e a salvação. Observe que a passagem
de coríntios 6 nos revela atos moralmente errados, como: roubos, ganância,
imoralidade, calúnia e relaciona os mesmos com a salvação, mas, ser afeminado
não é um ato moralmente errado, pois moral diz respeito à ética, ao caráter, e
o indivíduo afeminado poderá ser altamente ético, desde que respeito o próximo,
seja um cidadão de bem e que contribua com a sociedade.
A palavra “arsenokoitai” foi utilizada pelo apostolo Paulo apenas duas vezes na
bíblia, e devido a este fato alguns tradutores têm dificuldade em encontrar o
sentido real da palavras.
Muitos teólogos acreditam que esse termo perdeu o seu significado no decorrer
do processo bíblico. O fato é que ao lermos diferentes versão bíblicas não
encontramos um consenso no que diz respeito à tradução correta para arsenokotai
. Para se ter uma idéia, a bíblia de Jerusalém traz a passagem de 1 Coríntios
6; 9-10 da seguinte maneira:
“não sabeis que o ímpio não herdará o Reino de Deus? Não vos iludais. Nenhum
destes herdará o Reino de Deus; o imoral, os idólatras, os adúlteros, nem os
depravados, nem os homens de costume infames, os ladrões, os gananciosos, os
bêbados, os caluniadores nem os extorsionários herdarão o Reino de Deus”.
Algumas traduções com a linguagem de hoje foge extremamente do contexto
original, traduz malakoi e arsenokoitai como homossexuais ativos e passivos. É
o cúmulo do erro e da enganação, completa irresponsabilidade daqueles que não
estão comprometidos com a verdade descrita na Palavra de Deus e se comprometem
apenas com uma tradição dogmática e religiosa.
A passagem de 1 Coríntios 6 foi escrita nos anos 55 depois de Cristo, e, o
termo sodomita só passou a existir milhares de anos depois na idade média, já a
concepção de passivo e ativo é remota a sociedade atual.
O apostolo Paulo não tinha noção do que viria a seu um sodomita, nem muito
menos um homossexual ativo e passivo, e por este motivo, não poderia ter usados
esses termos.
Embora entendemos que se Paulo quisessem condenar a homossexualidade, como ele
fez com os imorais, idolatras, adúlteros, depravados, bêbados e gananciosos
poderia usar uma palavra que ele conhecia muito bem que era de sua própria
língua, e já existia, que é. " pederastia", mas ele não usou pois
realmente não era o que ele queria dizer.
O segundo momento em encontramos a palavra arsenokoitai é em 1 Timóteo,
“impuros, sodomitas (arsenoikotai), raptores de homens, mentirosos, perjuros e
para tudo quanto se opõe a sã doutrina”,(1,10)
O autor da carta de 1 Timóteo foi o apostolo Paulo, escrita provavelmente
durante a sua quarta viagem missionária, é dirigida ao jovem Timóteo, com o
intuito de que ele pudesse se prevenir contra as práticas das religiões pagãs
da época, em que aborda tema de organização da igreja e a sã doutrina.
O termo arsenokoitai, é um derivados de duas palavras gregas, ARSER, que
significa homem no sentido amplo da palavra, ou seja, refere-se a homem e
mulher, e, KOITAI, que significa literalmente cama ou coito. Na época de
reforma protestante essa palavra havia sido traduzida como masturbação.
A palavra arsenokoitai, seria mais bem compreendida se atentarmos para o
contesto bíblico da passagem de 1 Coríntios 6. Os habitantes de Coríntios eram
demasiadamente idólatras, existiam tantos deuses que a quantidade destes
superava a de cidadão. Os rito religiosos da época eram extremamente pagãos,
sacerdote e sacerdotisas, homens e mulheres, costumavam praticar cerimônias
religiosas em forma de rituais que envolviam sexo promíscuo, não apenas
homossexual mas também heterossexual. A palavra de Paulo servia para alertar a
igreja com Coríntios e o jovem Timóteo. O sentido da palavra arsenokoitai,
tanto em coríntios, bem como em Timóteo, não se refere à homossexualidade, na
verdade é uma condenação aos atos que envolviam sexo ritual, heterossexual e
homossexual, promíscuo
pagão e idólatra, praticados pelo povos não cristão.
faltou citar os créditos e referência bibliográfica da qual retirou o estudo sobre teologia inclusiva, foi do livro Cristianismo e Homossexualidade, por Bruno Lima.
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